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quarta-feira, 20 de outubro de 2010

"Eu sei que é só rock & roll, mas eu gosto"

Peito apertado, vazio. Mãos trêmulas, cabeça pesada. Tudo fora do lugar, o mundo inteiro se rebela e parece entrar em conflito com um único ser: você.

Que atire a primeira pedra aquele que nunca passou por isso. Um sentimento de não pertencer à Terra, de não ter lugar nesse mundo enorme que, de repente, se torna tão pequeno quanto uma bolha.

Ainda bem que existe o bom e velho rock & roll.

Basta me desligar da tomada por um instante e me deixar levar pelo som de guitarras, baterias, baixos e berros. Deixar a música apagar qualquer sentimento presente outrora. O corpo volta fluir em harmonia. De súbito, os pés se inquietam, como se os bumbos da bateria estivessem sob eles. As mãos fluem como se um instrumento de cordas estivesse em meu controle. Velozmente os dedos tentam, no ar, reproduzir o som do solo de guitarra que penetra meus ouvidos. A alma se liberta por alguns segundos e foge para o mundo em que tudo faz sentido, mesmo que não exista razão.

Em apenas 3 minutos, uma canção alcança o ponto que um profissional talvez não consiga atingir em anos a fio de tratamento no divã. Não que eu seja contra os psicólogos, jamais. Um deles já "salvou minha vida". Mas o ápice atingido numa "pancada sonora" é simplesmente inigualável.

http://www.youtube.com/watch?v=pjuhgPQ9jtg

P.S.: O título é um trecho da música It's Only Rock & Roll (But I Like It), dos Rolling Stones.

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