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terça-feira, 28 de setembro de 2010

Jimi, o imortal

Cabelos despenteados, pele negra, um pequeno bigode e roupas coloridas e extravagantes. Jimi Hendrix era um gênio que, tanto no seu estilo de música, como no modo como vestia e vivia, sempre representou o rock & roll em sua essência. A guitarra quase sempre distorcida, acompanhada de uma genial falta de comprometimento com a estética sonora (seja pela microfonia recorrente ou pelo abuso dos improvisos) foram responsáveis pela reinvenção do rock. Hendrix não repetia solos. Não era de tocar uma mesma música duas vezes da mesma maneira. O guitarrista não buscava a perfeição técnica, reproduzia o sentimento, tocava com a alma.

Não é atoa que Jimi Hendrix é considerado como o maior guitarrista da história. Particularmente, não gosto desse tipo de ranking. Cada músico tem seu valor e é até um tanto injusto deixar homens como B.B. King (inspiração do próprio Hendrix) para trás. Mas é inegável que Jimi é a base para quase tudo que se viu depois dele. Todo grande guitarrista que o precede tem como inspiração sua obra.

Nascido em Seattle, nos Estados Unidos, Jimi foi conhecer o gosto do sucesso em 1966, quando já vivia na Inglaterra. Junto com o sucesso veio a loucura que acompanha o mundo do rock e, no dia 18 de Setembro de 1970, aos 27 anos, o músico morreu, asfixiado em seu próprio vômito, em um hotel de Londres.

Já se passaram pouco mais de 40 anos da morte de Jimi e seu legado continua, firme e forte como sempre esteve. Mesmo que modismos musicais apareçam, o bom e velho rock & roll sempre ocupou, e pelo visto continuará ocupando, seu espaço, seja se reinventando, inovando ou trazendo a mesma química "crua" de décadas passadas.