No mesmo dia, a equipe do Cruzeiro perdeu seu técnico e seu principal jogador. Antes da partida contra o Santos, no Mineirão, o presidente Zezé Perrella disse que Kléber está liberado para acertar com o Palmeiras, após insistir bastante em voltar a morar em São Paulo, próximo de suas filhas. Na entrevista coletiva do final do jogo, foi a vez de Adílson Batista dizer que fará sua última partida no comando da equipe, no próximo final de semana, em Goiânia, contra o Atlético Goianiense.
Desde a eliminação da Libertadores, há especulações sobre uma transferência do Gladiador para a equipe alvi-verde. Sua saída era iminente e, durante os últimos dias, já se falava em diversos meios que o atacante já tinha contrato assinado com os paulistas. Mesmo com a conferência de imprensa do presidente azul na segunda-feira, dizendo que não existia acordo com o Palmeiras, tudo indicava que esse era mesmo o caminho de Kléber.
A grande surpresa da noite foi o fim da "Era Adílson". Paranaense de Andrianópolis, Adílson Dias Batista assumiu o comando do Cruzeiro no início de 2008. Logo que chegou à equipe, foi visto com desconfiança por parte da torcida e imprensa mineira, que não acreditavam ser o homem certo para conduzir a equipe ao terceiro título continental.
A principal característica do time de Adílson foi a organização tática. Logo que chegou, o técnico trouxe, do Japão, os volantes Fabrício, Henrique e Marquinhos Paraná, além de contar, nos primeiros anos de comando, com Ramires, um dos convocados para a Copa do Mundo de 2010.
Ironicamente, os mesmos volantes que caracterizaram a organização tática da equipe, foram o principal ponto de críticas para o treinador. Comentaristas de futebol amam números. Gostam de estatísticas e preferiram crucificar o treinador, de acordo com o número de volantes que colocava em campo, do que perceber que os mesmos têm habilidade para armar, não só desarmar e, em momento algum, tornavam essa equipe defensiva.
Sob o comando do ex-zagueiro, o Cruzeiro conquistou os títulos mineiros de 2008 e 2009, chegou à final da Libertadores de 2009 e terminou entre os 4 primeiros colocados dos Campeonatos Brasileiros de 2008 e 2009.
Além de Kléber, que está resolvendo os últimos detalhes com o Palmeiras, há especulações tirando o goleiro Fábio da Toca e, segundo fontes, Thiago Ribeiro também deve deixar Minas Gerais.
O Cruzeiro terá pouco mais de um mês para encontrar um novo treinador, contratar reforços e se re-estruturar. Não diria que é impossível, mas é muito pouco provável. A equipe deve sofrer com a falta de identidade até o fim da temporada.
Com uma equipe consistente, Adílson Batista deixou de ser um técnico emergente para se tornar um dos melhores do Brasil. Deixa o Cruzeiro, sendo desejado por Internacional, Palmeiras e Flamengo. Conhece o futebol como poucos e ainda terá muito sucesso em sua carreira.
Bom, como disse ontem, fiquei muito triste com a saída do treinador. Sabia da notícia no inicio do jogo, era visivel que a Era Adílson tinha acabado no Cruzeiro.
ResponderExcluirUma pena. Palmas para os "gênios" da imprensa e da torcida. Levir Culpi, Ney Franco, Emerson Avila, Abel, Sorín? Quem será o novo comandante ? Por mim, quem tirou o técnico devia escolher. Aposto com qualquer um, em dezembro ninguém vai assumir que falava mal do Adílson, sempre é assim.
Boa sorte professor, te mais.
Torço MUITO para que não seja o Sorín. Seria triste ver um dos maiores ídolos do Cruzeiro ser achincalhado pela torcida.
ResponderExcluirTenho receio dos impactos da saída do Adilson. Se não ele, quem? Hoje em dia, o futebol brasileiro sofre crise na disponibilidade de técnicos diferenciados e competentes. Abel Braga? Levir Culpi, Ney Franco?
ResponderExcluirPior do que a perda do técnico será a perda dos jogadores. A saída de Kléber já era esperada. Depois de tantos desacertos com a torcida, com o próprio clube e, principalmente, com os juízes América afora, estava mais do que clara a saída do Gladiador...valeu, Kléber, pelo menos respeito você merece.
Porém, não será somente o Kléber que em breve deixará a toca. A negociação do Fábio é quase certa, mas isto também, de certa forma, já era esperado.
Porém, o que poucos mencionaram e deve ser fato daqui alguns meses é a saída dos jogadores de maior confiança do Adilson que, no ano passado, formaram um dos melhores meios-de-campo das Américas, mas que, neste ano, não apresentou o mesmo rendimento: Henrique, Marquinhos Paraná, e o pior, Fabrício, muito provavelmente serão puxados por Adilson, para onde ele for...
São atletas do Cruzeiro? Definitivamente, são atletas do Cruzeiro, e não do Adilson...mas nestes dias de hoje, ter um contrato até 2050 não dá nenhuma segurança...
É....aí vêm mais alguns anos de time mediano, pouco representativo e limitado...queira Deus que eu esteja errado...